O levantamento preliminar do desempenho da hotelaria brasileira mostra que os principais mercados nacionais têm reagido de forma diferente à crise econômica.
Na média geral das cidades analisadas, apesar da queda da taxa de ocupação hoteleira (-3,7%), ainda em virtude da crise, o RevPAR (receita por apartamento disponível) continuou crescendo (+1,7%) em comparação com o 3º trimestre de 2008 devido ao aumento das diárias (+5,6%). A recuperação da demanda já se mostra nesse 3º trimestre, em comparação com os primeiros 6 meses de 2009, quando a ocupação hoteleira apresentava queda de 8,1%.
Diferentemente do que ocorreu no primeiro semestre de 2009, o mercado do Rio de Janeiro apresentou aumento na demanda e leve redução da diária média. Esse efeito de redução da diária foi provocado pelo baixo valor do dólar em um período de alta temporada do público internacional. Ainda assim o aumento da ocupação dos hotéis superou a queda na diária média, fazendo com que a receita de hospedagem na cidade apresentasse um aumento bem acima da média apresentada pelas outras cidades.
Em São Paulo, o 3º trimestre apresentou resultados muito similares aos que vinham se desenhando no primeiro semestre, porém com uma pequena melhora. Por ser quase exclusivamente dependente dos segmentos de negócio e eventos, o corte de despesas com viagens corporativas continua afetando a ocupação hoteleira no 3º trimestre (-7,7%). Como o mercado manteve os aumentos de diária média (+9,0%), o RevPAR pôde apresentar um pequeno incremento (+0,6%).
Já Salvador continua sendo afetado pelos efeitos da crise, porém de forma mais amena que durante o 1º semestre. A demanda por hospedagem na cidade apresentou uma redução muito menor que durante os 6 primeiros meses do ano, ainda provocada pela redução de eventos e negócios. Como a diária média apresentou um incremento leve, a receita de hospedagem da cidade sofreu uma pequena redução (-1,1% de RevPAR).
Para o último trimestre, as expectativas para a hotelaria no Brasil são de recuperação, apesar de a volatilidade do câmbio continuar afetando o mercado. Os sinais de aquecimento da economia nacional já foram sentidos no 3º trimestre, e serão ainda mais efetivas nos últimos 3 meses de 2009. No acumulado do ano, é provável que o faturamento do setor seja maior ao de 2008. Aguarde a próxima edição do Boletim HVS Brasil e confira essas tendências.
Para mais informações, contate nossos consultores por meio do telefone (11) 3093-2743 ou pelo site www.hvs.com, no qual está disponível a edição completa do Panorama da Hotelaria Brasileira, com dados históricos de desempenho até 2008 e perspectivas para 2009.
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* Amostra analisada: Rio de Janeiro (3.564 UHs), São Paulo (7.877 UHs) e Salvador (4.213 UHs). Variação de diária e RevPAR sobre valores nominais.
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